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Estresse e a incidência de diabetes tipo 2: um estudo de 35 anos

Estresse e a incidência de diabetes tipo 2: um estudo de 35 anos

Novak M e col. publicaram este estudo sobre “Estresse e a incidência de diabetes tipo 2 em homens suecos de meia idade, com seguimento de 35 anos” em Diabetic Medicine, 30, e8-e16, 2012.

Objetivo

Explorar a incidência de casos de diabetes diagnosticado durante 35 anos de seguimento, em relação ao estresse percebido na linha de base. Esta foi uma amostra de população randomizada de 7.251 homens, derivada do Estudo Clínico de Prevenção Primária, com idade entre 47 e 56 anos na linha de base, e sem história anterior de diabetes, de doença das artérias coronárias e de acidente vascular cerebral.

A incidência de diabetes foi identificada pela alta hospitalar e pelo registro de óbitos, como diagnóstico principal ou secundário. A regressão de riscos proporcionais de Cox foi usada para avaliar a potencial associação entre o estresse e o diabetes.

Resultados

Durante 35 anos de seguimento, um total de 889 homens foram identificados com diabetes. A incidência crua foi 5,2 pessoas por cada 1.000 pessoas-ano. Na linha de base, 15,5% dos homens relataram estresse permanente, relacionado a condições de trabalho, ou em casa.

Após ajustar para a idade e para o risco de competir com a morte, a probabilidade condicional estimada durante 35 anos de diabetes em homens submetidos a estresse permanente foi 42,6%, comparada com 31,0% para aqueles com estresse periódico, e 31,2% para os sem estresse.

Na análise da regressão de Cox ajustada para a idade, os homens com estresse permanente tiveram um risco maior de diabetes [hazard ratio 1,52 (95% IC 1,26–1,82)], em comparação com os homens sem estresse, ou com estresse periódico [hazard ratio 1,09 (95% IC 0,94–1,27)].

A associação entre o estresse e o diabetes foi levemente atenuada, mas permaneceu significativa, após ajuste para a idade, para a situação sócio-econômica, para inatividade física, para o índice de massa corpórea, para a pressão arterial sistólica e o uso de medicação anti-hipertensiva [hazard ratio 1,45 (95% IC 1,20–1,75)].

Ao examinar o diagnóstico principal dos casos de diabetes separadamente dos casos de diagnóstico secundário, o excesso de risco de diabetes associado ao estrese permanente permaneceu significativo, em relação à idade (apenas) e para os modelos multivariados ajustados.

Conclusão

O estresse contínuo percebido é um importante preditor de diabetes, no longo prazo, independentemente da situação sócio-econômica, do índice de massa corpórea e de outros fatores de risco convencionais para o diabetes tipo 2.

Esta é mais uma evidência de como o estresse contínuo pode afetar a saúde das pessoas. Para aquelas pessoas que estão submetidas a estresse constante, seja no trabalho, ou em casa, existem formas de proteger o indivíduo das possíveis consequências. Isto pode ser feito através de técnicas de autorregulação, que podem ser aprendidas por meio de uma ferramenta complementar-integrativa, o cardioEmotion, que ajuda a identificar as causas físicas e emocionais que desencadeiam as reações do sistema nervoso autônomo, através do biofeedback da variabilidade da frequência cardíaca (VFC, ou HRV em inglês).

Para saber mais sobre esta ferramenta e como ela pode ajudar psicólogos, psiquiatras e pacientes a entrar em coerência cardíaca e evitar as piores consequências do estresse crônico, faça download do e-Book “Como tornar visível o invisível: visualizando as reações psicofisiológicas por meio de biofeedback”.


Sobre o autor deste post: Colunista do blog do cardioEmotion, Dr. Fernando é formado em medicina pela USP, pós graduado em administração de empresas pela FGV, possui mais de 40 anos de experiência como executivo de sucesso em empresas multinacionais do ramo farmacêutico, além de escritor e tradutor sênior.

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